Terroir & Viticultura

Na vinha, todo o cuidado é pouco: juntamos os processos naturais mais reconhecidos às técnicas mais modernas, em busca dos melhores resultados.

Terreno

Terreno

Falámos com os anteriores proprietários ou pessoas que conheciam muito bem o terreno, como vizinhos de idade mais avançada, para perceber se a parcela em causa era boa, se tinha problemas de drenagem, ou acerca de qual o tipo de cultura existente (quase sempre era vinha). Fizemos então as análises de terra e, no caso de necessidade, as respetivas correções, em termos de nutrientes e matéria orgânica. Mediante as análises de solo, escolhemos o porta-enxertos e a casta adequada ao terreno e clima, com o objetivo de criarmos vinhos da melhor qualidade. Após a plantação da vinha, e nesse mesmo ano, a vinha aramada, ou seja, são colocados os postes e arames, de modo a que se possam conduzir as plantas.

No ano 2 - e depois de podar as plantas a “dois olhos” -, trouxemos a planta para o 1.º arame. No ano 3, “abrimos os braços da planta” e conduzimo-la no arame de formação. Somente a partir do ano 4 do seu plantio, começamos a colher as primeiras uvas, criando desta forma as condições na planta para que tenha as circunstâncias ideais para a sua formação aérea e enraizamento. Isso permite-nos ter plantas com a condição ótima de criar uvas durante muitos anos. Todo o processo a partir da sua plantação é acompanhado com produtos naturais e que permitem fazer vinhos em produção integrada e biológica.

Cultura Anual

Cultura Anual

Periodicamente e mediante as análises que realizamos, em caso de necessidade ajudamos os terrenos com adição de matéria orgânica. A poda faz-se em fevereiro/março, altura em que encaminhamos as plantas, retirando-lhes o que já não lhes faz falta e deixando no máximo quatro talões em cada braço, de modo a ajudá-la a enfrentar um novo ciclo produtivo, não com excesso mas com melhores uvas. Normalmente em abril a rebentação já se deu e fazemos o primeiro tratamento de desinfeção com enxofre.

Em maio/junho continua o crescimento: encaminhamos os vários “lançamentos” para dentro dos arames, para “arrumar” a planta e proporcionar o arejamento necessário, de modo a não ser fustigada por doenças.

Em julho, e na coloração dos cachos (cachos pintados), podemos optar pela “poda em verde”, para retirar cachos que estejam em demasia nas videiras. Isso vai permitir que os cachos que ficam se desenvolvam melhor, tendo mais concentração e mais açúcar, para criar melhores vinhos. As nossas produções nunca são superiores a 6 T/ha. A partir do início de agosto, começamos a fazer controlos de maturação semanais para que possamos planear com a maior certeza possível a altura ótima para a vindima.

A Vindima

A Vindima

A vindima é o corolário do trabalho de um ano. Toda a vindima é feita manualmente pela família, amigos, parceiros e outras pessoas da nossa inteira confiança.

As uvas são colhidas para pequenas caixas de 12 Kg para fazer os nossos vinhos tinto, branco, rosé e espumante. Normalmente, esta época prolonga-se por mais de um mês e meio, dando-nos o tempo necessário para escolher a cadência da apanha de cada uma das castas no seu ponto ideal de maturação.

A Vinificação

A Vinificação

Depois de colhidas, as uvas são colocadas num ambiente de baixa temperatura, de modo a que, no momento da sua vinificação, possam passar ao vinho todo o seu sabor e aromas. Depois, são colocadas nos lagares mecânico ou de pisa a pé: desta forma conseguimos mostos de grande qualidade.

Após a fermentação alcoólica, os vinhos seguem, por gravidade, para os depósitos. Os que mais se destacam, descansam e envelhecem em barricas de carvalho das melhores tanoarias francesas.